Ajoelhou, agora reze!

Veio aqui buscar não sei o que, não há nada de interessante aqui, só veio perder seu tempo, desligue o computador e vá ler um livro.

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Equívoco da morte.

     Sentado na calçada, apenas olhando o nada,
     Observado o movimento dos carros, 
     Nem percebo sua chegada.
     Só depois de sentir teus lábios gelados e úmidos em minha face 
     É que percebo sua presença. Mesmo assim, fico calado, 
     Apenas olhando o movimento.
     Você, sentada ao meu lado, me diz coisas agressivas,
     Mas de uma forma tão agradável que tais abusos
     Me tornam silêncio psicodelicioso de se ouvir.
     E mesmo você insistindo em negar, apenas para alimentar seu ego,
     Refuto-a dizendo que não, você não me surpreendeu, 
     Não nessa noite, cujo eu, já lhe esperava.
     E não haveria mesmo de me surpreender, pois, essas suas palavras
     Ríspidas são mesmo características de sua 
     Personalidade negra, fria e sem coração.
     Sei que veio para ficar, ao contrário de mim, que já estou de saída.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Somos poetas, somos loucos, somos uma necessidade orgânica!

Humano, complexo e simplista.

     De perto sou perfeito,
     Pois eu, humano, consigo
     Trocar a realidade por fantasias absurdas
     E sou impotente quando tais fantasias
     Passam a me dominar, ao ponto de passar mal
     E até mesmo chegar ao extremo, fingir ser louco ou de fato ser.
     Confundo barulhos com música,
     Produzo sons e ruídos e os denomino falas,
     Escrevo coisas que têm cheiro estranho,
     Destruo o meu lar, o meu corpo, a minha mente
     E ainda tento conservar e viver com os restos que me sobram.
     Bebo até cair,
     Fumo até morrer,
     Como até ficar obeso,
     Me reproduzo sem a menor
     Condição de alimentar meus filhos,
     Tenho as mais absurdas crenças.
     Não estou tentando entender por que sou impertinente,
     Para isso existem alguns inúteis, como eu.
     Sou inútil, sou lixo orgânico em decomposição,
     Uma necessidade orgânica à sociedade.
     Eu sou, você é!
     Eu, corpo estragado, mente sadia.
     Você, corpo sadio, mente estragada.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Transcrito, você!

     Menininha, quase menina, eita menina!
     Uma menina, uma princesa e ou um anjo.
     Veio, vem e vai em meu samba.
     Hô menina, dança...
     Te acompanho, tenho palavras,
     Tenho carícias, também tenho promessas,
     Mas seria fatídico para ti acreditar nelas.
     Quem sabe um dia não te levo onde tu me levas,
     Às alturas, em meus sonhos, lá onde você está.
     Quero estar contigo, me perder no tempo e deixar estar.
     Bem, meu bem, "além do que se vê!"

Transcrito, eu!?

     Há tantos mistérios nas coisas que tenho.
     Tantos outros nas coisas que gosto
     E nenhum nas coisas que sinto.
     É tão simples ser eu que, às vezes,
     Me perco em minha simplicidade e acabo sendo outro,
     Mas adoro ser eu, mesmo quando tento ser outro.
     Não há mistérios em minha vida, talvez,
     O mistério maior seja quem sou.
     Não sei mesmo quem sou,
     Não sei o que tenho,
     Não sei o que quero,
     Mas sei o que sinto,
     Sei o que gosto!

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Crianças, apenas crianças.

     Não existe o bem;
     Não existe o mau;
     Não existe o certo;
     Não existe o errado.
     Existem apenas nós;
     Existem apenas perspectivas;
     Existem apenas crianças.
     Crianças armadas,
     Crianças famintas,
     Crianças choronas!

Son[h]o!

     Eu, deitado ao seu lado, com os olhos fechados,
     Sinto teu tato percorrendo meu corpo.
     Uma marcação em cada toque,
     Com suavidade de anjo, vai tateando e rabiscando meu corpo.
     Vai tatuando com intensidade o meu interior.
     Fazendo coisas que com certeza deixará saudade.
     Rabiscos que se vêem com um olho puro e inocente,
     Rabiscos que penetram o corpo e vão além da superficialidade da carne,
     Ultrapassam essa epiderme superficial, rompem a imaginação
     E adentram na alma, causando sentimentos marcantes,
     Sentimentos que deixarão lembranças e saudades
     Por um longo tempo, pela vida inteira!

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Criando raízes.

     Arraigada, coexistente,
     Em meu peito,
     Em minha mente,
     Quase sempre consciente,
     Produzindo pensamentos
     Que me levam ao esquecimento
     Do meu corpo, já dilacerado
     E consumido por coisas 
     Que me levam além deste mundo,
     Que me provocam suspiros,
     Que me fazem sonhar.
     Incorporada em meu corpo,
     Criando e fortalecendo as raízes
     Em meu coração, em meu pensar.
     Os lugares que te escondo,
     Onde, em você, também desejo estar
     Para quando nos encontrarmos,
     Pálidos e sem ar,
     Aprenderemos a nos amar.    

Anjo.

     De olhos fechados
     E dedos esticados, 
     Busco sempre te tocar,
     Na escuridão do lar.
     Sonhando em ter aqui comigo
     A sua alma;
     O seu corpo e a sua alma.
     Noite após noite,
     Você vaga por meus sonhos
     Em forma de anjo
     E eu tento sempre te tocar,
     Tocar a sua alma,
     Tocar o seu amor.
     Nada valerá se eu não ganhar
     Um beijo, apenas um beijo no escuro.
     Eu procuro a sua alma,
     Quero a sua alma,
     Quero o seu amor.
     Choros e sorrisos
     Contidos em meu corpo,
     À noite, em busca
     Da sua alma, seu amor.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Domingo.

     O café vira almoço, o almoço vira janta e a janta se dissipa na cama;
     Com diversos afazeres, nada será feito, pois ficarei aqui, Domingando
     Nenhum cheiro, nenhum sabor. Tudo está um caos
     E eu aqui, fingindo estar cansado, mesmo calado.
     Sonhando acordado, escrevendo besteiras, esperando o Domingo acabar,
     Tenho fome de semana, mas Domingo não serve para comer,
     Que dia poderia ser hoje? Nem mesmo sei o que me apetece.
     Hoje poderia ser Domingo, hoje é Domingo. 
     Contudo, ficarei aqui, inerte, Domingando.
     Contando dias como quem conta corpos mortos,
     Não me resta nada a fazer, senão, ansiosamente esperar o próximo Domingo
     E tomara que até lá eu tenha crescido, eu tenha ficado adulto.
     Com os olhos fechados quero ver o Domingo passar.
     Domingo é sempre assim, pois Domingo é sempre Domingo.



quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Diabo Capital, capitão.

     Peles morenas vendem jornais, vendem muito mais do que querem vender!
     Vendem flores, vendem o corpo.
     Como será esse casamento de indústria de informação 
     E entretenimento em má formação?
     Como serão os filhos desse casamento?
     Nada disso importa mais, só pensam
     Em como será a forma de pagamento.
     Agora é tudo carnaval, tudo em escala industrial.
     Pregadores da paz, estão todos no deserto, lutando contra a guerra,
     Lutando uns contra os outros, engolindo e cuspindo suas palavras.
     Não ouça ninguém, apenas olhe no espelho e cuspa!
     Nada mais importa, ninguém mais ouve a canção,
     O Messias está atrasado, seus fiéis já estão derrotados.
     O Diabo tomou conta de todos, só pensam em quanto, jamais em quando.
     Só vêem a arma em sua mão,
     Nada mais tem explicação.

Tudo é festa!

     Cansado de uma vida medíocre e formal
     Coloco mais gasolina no corpo,
     Mais álcool no coco e vou amar.
     Curtindo a vida intensamente,
     Fazendo tudo intencionalmente.
     Não perco o rebolar e mesmo quando perco,
     Insisto em dançar.
     Joguei meu relógio fora para o tempo não passar.
     Sou admirador de tudo, as coisas feias e bonitas,
     Assim nunca deixo de perder a graça de amar.
     Meus medos estão num nau, erguido e lançado em alto mar,
     Para o alto, bem longe de mim, junto com os maus e
     Assim vivo, vivo mesmo e como gosto de viver!
  

Florescendo.

     A Flor que outrora eu cultivei em meu peito
     Continua a crescer e invade o meu corpo,
     Me faço ingênuo e ignoro tal sensação,
     Esta que me faz um doente, pois
     Tal sentimento, nos é como uma doença crônica
     E, por ironia ou não, a cura para tal doença
     É uma outra Flor, desta vez uma Flor verdadeira,
     Uma que não sou eu quem crio, que imagino,
     Mas sim uma que seja auto suficiente, capaz
     De iludir, matar e até mesmo morrer.
     E para não morrer de dor, tento todos os dias
     Matar essa Flor que me invade, mas tudo 
     Se torna em vão, pois percebo que para matar
     Essa Flor eu teria que me matar, pois
     Com razão e veemência, a Flor sou eu!

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Beijos cálidos!

      Seus beijos são apresentações divinas de tudo o que há de melhor aqui, 
     Nesse Paraíso. 
     Me causam delírios, explodem meu sonhar.
     Me permitem uma viajem perplexa, entre o Céu e a Terra.
     Fazem meus lábios estremecerem com tons soberbos,
     Me embriagam, me matam por instantes, onde me deleito
     Com seu beijo, que tem gosto de mel, gosto de água cristalina, 
     Gosto de tudo que é puro, me leva de fato, ao Paraíso!
     Por teus beijos sápidos que me aquecem
     Esqueço de mim, por momentos eternos. Sinto a necessidade
     De um resgate, assim retorno para novamente lhe beijar e
     Fugir de mim, em você!

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Delírio.

     E é tão bom a lembrança de teu cheiro doce e suave,
     Como vinho tinto, me embriaga e fica em minha pele, 
     Quase que pra sempre!
     Mas mesmo assim, ainda apetece-me
     Te amar cada vez mais.
     Um disparate, abundância, demasiada gananciosa.
     Somos eu, nesse autocarro, querendo-te mais e mais.
     Jamais saciarei essa sede do futuro,
     Pois do passado nada quero e tudo espero.
     Mergulharei no mar de esperanças
     Pra morrer em você,
     Um doce bárbaro!

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Caminhante noturno.

     Eu caminhava,
     Minhas lembranças se encontraram,
     Perdendo falas, ouvindo vozes,
     Ouvindo coisas que ninguém falava.
     Um estranho perdido nessa estrada,
     Te encontrei e você me ofereceu a prisão.
     Meus dias agora são contados, entre você e eu.
     Eu caminhava e o tempo não parava,
     Eu caminhava e desejava que o tempo parasse,
     Eu caminhava e de algum modo me encontrava.
     Foi assim que gostei de você, mas o tempo é cruel e tudo passa.
     Eu caminhava e de certo modo não me conhecia
     E assim me encontro em você, com você.
     Só você e eu nessa estrada, eu sozinho
     Nessa estrada que parece não ter fim,
     Mas o tempo passa e a estrada não acaba.
     Os dias são tão curtos e a estrada é tão longa.
     Já nem sei mais dormir, pensando em mim,
     Já nem sei mais comer outra coisa senão você.
     O tempo passa, eu com você, eu sozinho!
     O tempo passava enquanto eu caminhava,
     O tempo parou quando eu te encontrei,
     Mas havia dia, havia noite, havia saudade,
     O tempo passava, havia você

     E juntos caminhamos.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Walking the road of love. Lambida na utopia!

                                                   Seguindo vou amá-la
                                                   Para nunca mais voltar,
                                                   Vou acordar com ela
                                                   Com vontade de sonhar.
                                                   Essa é a estrada
                                                   De quem deseja você
                                                   Desde que nasceu,
                                                   Mas o tempo passa
                                                   E eu caminho sem parar,
                                                   Como eu gosto de lutar.
                                                   E então numa carta
                                                   Descreverei nosso caminhar
                                                   E em todas as belas coisas
                                                   Sentirei o seu tocar,

                                                   Há, essa vontade de ficar
                                                   Pra sempre nessa estrada,
                                                   Aprendendo a te amar
                                                   Vou pescar sua alma e voar,
                                                   Por todo este parque
                                                   Com você quero andar.
                                                   Só por seu amor
                                                   Esqueço às vezes de mim,
                                                   E que essa estrada não tenha fim,
                                                   Eternamente nela vamos vaguear.
                                                   E joga-me seu olhar
                                                   Pra minh'alma se prender
                                                   E o seu beijo quente
                                                   Explode meu sonhar
                                                   E acordo neste parque
                                                   Dando voltas com você.

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Vaidade.

     Hoje acordei, como de costume,
     Sentindo teu cheiro.
     Tomei um banho e enquanto me olhava no espelho
     Te vi em meu sorriso bobo, inspirei
     E me vi, perdidamente desejando-te.
     Somos maduros para o amor
     Que não perdoa nem mesmo os idosos.
     Nada é tão cedo quando se ama sem medo.
     

Arnaldança!

                           Numa demonstração explícita de felicidade, 
                           Deixo o som balançar meu corpo, 
                           Mas ele é cruel por demais comigo, 
                           Me joga violentamente para lá e para cá, 
                           Mas confesso que no fim,               
                           Todo suado e com respiração ofegante, 
                           Quando paro para retomar o fôlego,  penso: 
                           Há, adoro quando a música me faz isso!

Solista anacoreta.

     E quem se preocupa minimamente com as peças astutas que a vida nos prega, deverá sofrer. Pois a vida é grande sátira e com ela devemos ser negligentes e audaciosos.
     Minha melhor qualidade é não ter expectativas, meu maior defeito é levar as coisas sérias à serio.
     Mastiguei sabonete para lembrar de teu doce sabor amargo, mas foi muito doce, o que quase me causou enjoou, daí, tive que tomar suco gástrico para aliviar tamanha assepsia, mas nada adianta, teu sabor ficou em mim como que um nome antigo e escolhido por um morto, fora eu jogado no espaço, onde não há água, bebo coisas sólidas e como o ar, sobrevivo, nada, nado com esperança de alcançar o Sol, onde você, me espera de braços abertos, que seja nosso, que seja de fato consumado!
     Para que escolhemos viver senão para isso, tu podes ter a mim, para que outra coisa, para que Sol? Sinto a necessidade de lhe devorar, logo tu, que és tão gentil e singela.
     Por que esse povo insiste em querer me curar do que não sofro? Bando de hipócritas, me deixe viver comigo, me deixe rir de mim! Eu me adoro, assim como adoro muitas outras coisas, certo, me coloco sobretudo, sobre tudo, mas ser fanático é ser doente.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Âmbula da Saudade.

     É preciso um certo entusiasmo
     Para sentir o doce no amargo,
     Gostaria eu de andar sempre embriagado.
     Quero um amor daqueles de cinema,
     Este sinto que já irá chegar e
     Que ela seja Bárbara, assim como eu!
     Para eu não ter que abdicar a alguns desejos,
     Vamos amar na Lua, na Terra e no Mar. 
     Ninguém precisa de carro quando se sabe voar, 
     Abro bem os braços e
     Espero você chegar, Bárbara!

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Paz!

     Metade da humanidade não come e a outra metade não dorme, com medo da que não come.