Ajoelhou, agora reze!

Veio aqui buscar não sei o que, não há nada de interessante aqui, só veio perder seu tempo, desligue o computador e vá ler um livro.

quarta-feira, 28 de março de 2012

Barroco obsoleto, o indigente.

     Não acredito na felicidade moderna,
     Uma felicidade inventada,
     Uma felicidade material
     Com um selo de qualidade
     E com prazo de validade.
     Criada nos laboratórios
     E mascarada pelos publicitários.
     Ser feliz, não é isso que quero!
     Felicidade programada
     Não é felicidade,
     É propaganda enganosa!
     Viva ao realismo contundente
     E sôfrego, viva perigosamente!
     Compramos, vendemos
     E descartamos expectativas
     E isso não nos leva a lugar nenhum.
     Acreditamos na promessa capitalista
     De que amanhã será melhor que hoje,
     Compramos uma rotina
     E uma receita para a felicidade
     E pagamos muito caro.
     Mas o dinheiro compra tudo
     E comprando a esperança
     Descartamos a felicidade
     E vivemos a derrota de
     Acreditar que amanhã será melhor que hoje
     Sem ao menos ousar em perguntar:
     Como e por que amanhã será melhor que hoje?

sábado, 24 de março de 2012

Hey, mãe!

     Mãe, tu que sempre foste austera,
     Para que fazes tais coisas?
     Que melhor tarefa terias tu
     Senão a de cuidar da tua filha?
     Mãe, tu és uma grande mulher
     E tenho por ti imensurável admiração.
     O Pai não volta mais,
     Não faça como ele, imploro-te,
     Fique aqui comigo!
     Pare de tentar ser o homem da casa,
     A senhora não nasceste para isso.
     Eles quem se ocupem em 
     Discernir os mistérios da política
     E das ciências, não podemos
     Fazer o contrário, nossa estrutura
     Não nos permite isso.
     Fique aqui, pois se fazeres
     As coisas do Pai, quem
     Se incumbirá das tuas coisas?
     Mãe!