Ajoelhou, agora reze!

Veio aqui buscar não sei o que, não há nada de interessante aqui, só veio perder seu tempo, desligue o computador e vá ler um livro.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Os Macacos sabem mais.

     É interessante como algumas expressões acabam se corrompendo quando caem na boca do povo e começam a ser usadas com freqüência, como “enfiar o pé no jacá”, que acabou se transformando em “enfiar o pé na jaca”; e “é a cara do pai, esculpida e encarnada”, que se transformou em “é a cara do pai, cuspida e escarrada” (Eca!). 
Quando Lula falou que de nada sabia, logo foi representado pelos conhecidos “três macacos”: o que não ouve, o que não fala e o que não vê, ou seja, na visão popular, os três macacos representam a alienação. 
A história verdadeira, no entanto, é bem outra. 
O três macacos são conhecidos como “Três Macacos Sábios” (também chamados ‘Sanzaru” ou “Sanbiki no saru’, traduzidos por ‘três macacos ) e representam uma lição de sabedoria gravada na porta do santuário de Toshogu, sepultura do Shogun Tokugawa Ieyasu, localizado na cidade de Nikko, Japão, tendo surgido, provavelmente, no século XVII. São os guardiões dos estábulos sagrados. 
Seus nomes são: “Mizaru”, o que cobre os olhos e não vê o mal; “Kikazaru” o que cobre os ouvidos e não ouve o mal; e “Iwazaru”, o que cobre a boca e não fala o mal. 
Eles querem dizer: “não veja o mal, não ouça o mal, não fale o mal”. 
Segundo alguns autores, haveria um quarto macaco, chamado Shizaru , com as mãos sobre o abdômen para lembrar “não faça o mal”. 
Embora não haja comprovação, eles teriam sido levados ao Japão por um monge budista chinês no século VIII. 
Dizem que o Mahatma Gandhi carregava uma gravura dos Três Macacos Sábios em suas viagens para lembrá-lo constantemente dos três segredos da Sabedoria: “não ouça o mal, não veja o mal, não fale o mal”. 
É uma pena que o verdadeiro significado dos Três Macacos Sábios tenha se perdido. 
Agora, com a globalização, há também o quinto macaco. Um que fica com as mãos sobre a cabeça e não pensa o mal.

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