Ajoelhou, agora reze!

Veio aqui buscar não sei o que, não há nada de interessante aqui, só veio perder seu tempo, desligue o computador e vá ler um livro.

terça-feira, 31 de julho de 2012

Ensaio acerca do crítico anti-consumismo


SUMÁRIO
No mundo todo acontece revoltas práticas e teóricas contra o sistema totalitário vigente que rege nações e governos e analisando as pessoas que se revoltam contra a política contemporânea mundial observo que quem constrói críticas ao sistema de livre consumo é o indivíduo que se ver incapaz de consumir livremente e conscientemente almeja o livre consumo, tanto que é um consumista limitado por suas fronteiras individuais e ou coletivas e as críticas são expressões frustadas causadas por essas fronteiras.

Há muito presenciamos uma onda crescente de críticos do sistema predominantemente neoliberal e quando questionados a fundo sobre o que realmente afirmam quanto a política causal desse sistema se veem inclusos como participantes ativos do ambiente criticado por eles mesmos. 
Podemos perceber que quem defere tais críticas ao sistema de livre - e frenético - consumo são pessoas oficialmente exclusas, conscientes dessa exclusão, impotentes de consumirem à vontade. Hora por falha na estrutura financeira de tal indivíduo, hora por falta de tempo para se deleitar num centro de compras.
Ao que observo como constatação dos meus argumentos são os ícones referentes e constantemente usados nas críticas desses pensadores bitolados a viverem sobre ofensas ao consumismo. Os ícones citados, quase sempre, são: A pós-modernidade e, casado com essa, a internet. E faço uma assimilação dos ícones usados, pós-modernidade e internet, com o neo-liberalismo. A contemporaneidade que vivemos é reflexo e referência do neo-liberalismo e sua política de livre consumo e exploração. O consumismo é ferramenta vital para manutenção e predominação absoluta do neo-liberalismo. Os anti-consumismo usam os meios de comunicação em massa para propagar seus protestos. Logo são apenas pessoas, que, bombardeadas por propagandas têm seus desejos limitados por situações financeiras não satisfatórias. Estes, na primeira oportunidade, se incluirão no sistema e livremente consumirão sem pensar em ideais ambientais e humanistas.
Os anti-consumismo são pessoas impotentes de consumir e cientes de sua impotência se rebelam por não poderem fazer parte dos pequenos grupos que saciam seus desejos colecionando bens materiais e ostentando estes bens. Se revoltam por não terem poder consumista, se revoltam por não serem livres para consumir e desesperadamente amparados por suas frustrações criticam o que não está ao alcance de suas mãos. Desdenhar o que não pode ter é natural para o homem de sempre.

quarta-feira, 28 de março de 2012

Barroco obsoleto, o indigente.

     Não acredito na felicidade moderna,
     Uma felicidade inventada,
     Uma felicidade material
     Com um selo de qualidade
     E com prazo de validade.
     Criada nos laboratórios
     E mascarada pelos publicitários.
     Ser feliz, não é isso que quero!
     Felicidade programada
     Não é felicidade,
     É propaganda enganosa!
     Viva ao realismo contundente
     E sôfrego, viva perigosamente!
     Compramos, vendemos
     E descartamos expectativas
     E isso não nos leva a lugar nenhum.
     Acreditamos na promessa capitalista
     De que amanhã será melhor que hoje,
     Compramos uma rotina
     E uma receita para a felicidade
     E pagamos muito caro.
     Mas o dinheiro compra tudo
     E comprando a esperança
     Descartamos a felicidade
     E vivemos a derrota de
     Acreditar que amanhã será melhor que hoje
     Sem ao menos ousar em perguntar:
     Como e por que amanhã será melhor que hoje?

sábado, 24 de março de 2012

Hey, mãe!

     Mãe, tu que sempre foste austera,
     Para que fazes tais coisas?
     Que melhor tarefa terias tu
     Senão a de cuidar da tua filha?
     Mãe, tu és uma grande mulher
     E tenho por ti imensurável admiração.
     O Pai não volta mais,
     Não faça como ele, imploro-te,
     Fique aqui comigo!
     Pare de tentar ser o homem da casa,
     A senhora não nasceste para isso.
     Eles quem se ocupem em 
     Discernir os mistérios da política
     E das ciências, não podemos
     Fazer o contrário, nossa estrutura
     Não nos permite isso.
     Fique aqui, pois se fazeres
     As coisas do Pai, quem
     Se incumbirá das tuas coisas?
     Mãe!

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Necessidade ampliada.

     Ambicioso,
     Olho para os humanos
     E vejo uma massa necessitando
     De humanização.
     Mas, acima de mim estão
     Os gananciosos que olham para
     Os humanos e vêem cifras
     Saltando dos corpos
     Duma humanidade explorada.

Comum isto!

     Sabe, a gente se acostuma muito cedo
     E achamos tudo itenso, 
     Mas a volta nos torna entediados.
     Nos adaptamos muito rápido
     E por isso nos julgamos o máximo
     E subjugamos os mínimos.
     Liberdade para escolher os rótulos!
     Nessa sala, achamos que tudo é normal,
     Oferecemos a face para darem porrada.
     Somos genuínos numa selva de pedras
     E acima de tudo um pedaço de papel!
     O comum é isto!
     O comum é aqui, é agora!