Os
humanos, com interesse na elaboração de meios padrões para aperfeiçoamento e
objetividade no lucro dos processos produtivos, mecanizaram todo o processo, em
alguns casos, até mesmo a comunicação. Através desse processo de mecanização da
comunicação conquistaram o domínio da mais completa máquina, o homem, agora, já
programado como um robô.
Diante
dessa realidade, não podemos negar o fato de que este processo mecânico (quanto
à comunicação) suprimiu a sensibilidade humana tornando o próprio processo de
produção uma rotina robótica, insensível e insípida, cuja qual o homem se
aliena (desde sempre) em busca de meios para manter-se livre, dentro duma
perspectiva de liberdade de consumo. Isso faz do homem um robô, já programado
com o objetivo de garantir o lucro no processo de produção, com esforços
voltados unicamente para a obtenção de meios para garantir ascensão individual
em forma de destaque perante concorrência dentre as outras máquinas (humanas) que
visam o mesmo objetivo.
Esse
processo de robotização, outrora visto como mecanização da comunicação, afasta
o homem de sua vida sensível; fazendo-o buscar, não somente em seu trabalho,
meios mais práticos para possuir ao entorno aquilo que lhe é desejável. Às
vezes ignoram a humanidade (quanto à vontade e aos sentimentos do outro) alheia,
ao ponto de, praticamente, atropelar todos os concorrentes para afastar o que é
desprezível.
Já
é notória uma visão universal clamando a mudança ou extinção desse processo
(diga-se de robotização), atualmente, é grande a campanha que se faz para, como
objetivo principal no processo de produção ser a fomentação da criatividade e
inteligência pertinente somente ao humano (não as máquinas), a valorização do
homem como humano, não mais como produto produtor. Mas isso, acredito, não seja
mais possível. Para alterar esse processo, seria necessário instituir no
próprio homem uma perspectiva diferente da própria vida, alterando o modo como
buscam viver. Assim, será necessário, mais uma vez, programar o homem com algum
tipo de software humanista e/ou humanizador. E isso faz do homem, somente, uma
perfeita máquina.
Para
que esse processo de humanização do próprio homem tenha sucesso, é necessário
priorizar, antes da questão humana, a questão da vida. Somente após responder
qual o objetivo da vida quanto à perspectiva humana (?) é que será capaz
produzir, ou programar, um homem mais humano, se isso não for possível, dada o
tamanho do desafio composto por tamanhas complexidades, o homem jamais deixará
de ser uma máquina.
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