Ajoelhou, agora reze!

Veio aqui buscar não sei o que, não há nada de interessante aqui, só veio perder seu tempo, desligue o computador e vá ler um livro.

domingo, 13 de novembro de 2011

Em meados de hipocrisia.

     Ao pungente orgulho me entrego
     Por prazer fatídico;
     Um prazer totalitário e contundente,
     Uma virtude visivelmente selvagem e fria.
     Eu era de carne e ninguém me comia,
     Agora sou de pedra e todos me adoram.
     Eu era opaco mas ninguém me via.
     Sou um sonho e não quero nada que seja real,
     Sou um movimento telecinésico de trezentos amperes
     Com uma instabilidade afortunada por emoções
     Dissimuladas nos antros do meu corpo que sonha.
     Com essa minha vicissitude
     Torno-me uma desafinação dos belos tons,
     Uma falsa nota nas notas.
     Com meu jeito peculiar sou, agora,
     Perseguido e devorado por aqueles
     Sórdidos de outrora.
     Sou o biscoito devorado vorazmente
     Pela boca egoísta,
     Julgada pelos olhos dos irmãos.
     Sou a boca que sorri dos olhos que choram.
     Sou o prato que se come frio
     E estou a te esperar, pois, quando faminto,
     Sei que virá me apreciar.

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