O amor como belo existe como fluxo e não como matéria.
O indivíduo que está em estado de amor não tem esse estado sozinho.
A dor é a poupança do amor, um apêndice crescente,
Não existe amor sem acumulação de dor.
A própria essência humana tem base na dor, então amar é humano.
O mesmo amor que diviniza o ser amado pela sua dor,
Pode satanizá-lo pelo mesmo motivo.
O indivíduo que ama tem como base sua existência
E a entrega nas mãos do ser amado,
De forma que uma falta cometida pode atacar
Essa existência que causa dor e se torna a
Totalidade minimizada do ser em questão.
Isso conclui que o amor como entrega total do indivíduo
Pode gerar crises no momento que ele
Interprete isso como um ataque ao seu EU.
Um conflito gerado entre o EU e o AMOR.
Somos solitários por natureza, nascemos e morremos sozinhos
E quando nos entregamos ao amor criamos projeções
No outro, o que nos torna impotentes em nossos planos
E, às vezes, até deixamos de lado nossa vida paralela, por medo.
Isso é perigoso e pode nos voltar como ataque ao nosso EU
Que passa a se sentir não amado, um solitário amante do ser.
O AMOR é um objeto (sentimento) subjetivo do EU
E, portanto, podemos notar que a condição de quem ama
É a mesmo de quem odeia.
Quem é capaz de amar por si e para si,
Também é capaz de odiar pelo mesmo motivo.
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