Orgulho!

     Eu tenho o seu e você tem o meu,

     Mesmo quando eu sou você e você sou eu.

     Me prostituindo sigo,

     Em busca de algo que sirva para alimentar meu ego.

     No escuro, numa tentativa falha de sentir você

     Transbordar meus sentimentos,

     Lhe chamo e me escondo para assim te fazer me procurar.

     Você, mascarada, finge me procurar 

     Só para ouvir mais vezes o meu chamado.

     E eu, com o silêncio lhe chamo, com cuidado

     Para não fazer barulho, mas você

     Mesmo assim imagina me ouvir. 

     Um ruído que faz meu coração,

     Ruído que faz algo que bate enferrujado.
     E mesmo que valha a pena me trocar 
     Pelo seu ego, nada será realmente consumado.