Há muito encostei meu cérebro no conforto
E fiquei acomodado, sem pensar.
Me levantei do mundo inteligível e me deitei no mundo sensível,
Deitado, minha mente perece na ignorância.
Estou covardemente preso, condicionado a assistir
Com desgosto as horas crepusculares.
Com a mente ofuscada pelo lusco-fusco,
Fico preso nessa caverna de crenças e ilusões
E faço das sombras a minha realidade.
Sinto-me preso ao mundo subterrâneo
E nesse império dos sentidos, captado pela subjetividade,
Não consigo ver a luz! Mas vejo, assisto
E sou dominado pela subjetividade.
Sou um homem comum, um demente e moribundo demiurgo
Preso ao anfêmero, desprezível cotidiano!
Minha geografia é limitada a esse espaço físico onde caibo,
Preso na escuridão, sem ter como me admirar, admiro outros zumbis.
Olhando apenas a parede à minha frente,
Sou dominado pelas sensações e pelos sentidos mais primários,
Um completo ignorante.
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