Ajoelhou, agora reze!

Veio aqui buscar não sei o que, não há nada de interessante aqui, só veio perder seu tempo, desligue o computador e vá ler um livro.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Crise existencialista.

     Há muito encostei meu cérebro no conforto
     E fiquei acomodado, sem pensar.
     Me levantei do mundo inteligível e me deitei no mundo sensível,
     Deitado, minha mente perece na ignorância.
     Estou covardemente preso, condicionado a assistir
     Com desgosto as horas crepusculares.
     Com a mente ofuscada pelo lusco-fusco,
     Fico preso nessa caverna de crenças e ilusões
     E faço das sombras a minha realidade.
     Sinto-me preso ao mundo subterrâneo
     E nesse império dos sentidos, captado pela subjetividade,
     Não consigo ver a luz! Mas vejo, assisto
     E sou dominado pela subjetividade.
     Sou um homem comum, um demente e moribundo demiurgo
     Preso ao anfêmero, desprezível cotidiano!
     Minha geografia é limitada a esse espaço físico onde caibo,
     Preso na escuridão, sem ter como me admirar, admiro outros zumbis.
     Olhando apenas a parede à minha frente,
     Sou dominado pelas sensações e pelos sentidos mais primários,
     Um completo ignorante.  

Nenhum comentário: