Ajoelhou, agora reze!

Veio aqui buscar não sei o que, não há nada de interessante aqui, só veio perder seu tempo, desligue o computador e vá ler um livro.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

A massa, a maça, a maca!

     O amor efêmero é mesmo amor?
     Cada amor com seu amante,
     Cada autor com seu romance,
     Nessa literatura ingênua
     Criamos ilusões, causamos lágrimas.
     Damos sentido a vida, ouvindo e dizendo
     Que amar é bom, mas quem não ama está morto?
     Será o amor um sentimento humano?
     O amor só pode ser coisa divina,
     Ironicamente duradouro e efêmero,
     Apenas paixão, apaixonante!
     Fingindo que nada acontece, se leva, o amor,
     Tornando a paixão algo impossível, o amor.
     E a felicidade que nos torna, retorna,
     Quando se ama. Vamos aceitar nossa paixão
     E assim, instantaneamente, sejamos felizes,
     Sejamos breves, sejamos falhos, sejamos fracos!
     Construiremos uma família normal
     Com nossa hipocrisia humana
     E tardiamente nos descobriremos
     Pessoas cansadas de tudo, veremos que não somos só nós.
     O amor exige ganância!
     Com esse pensamento e sentimento fingiremos 
     Eternamente felizes, por momentos fingiremos melhor,
     Por outros deixaremos claro esse fingimento,
     Mas no fim será tudo superado com amor.
     Fingir é um ato de sobrevivência, um ato de caridade,
     De amor ao próximo.
     Uma atitude lúcida é loucura, seria como tirar a roupa
     E sentir frio e permanecer nu, é lúdico, nostálgico.
     "Uma vida não basta ser vivida. Ela precisa ser sonhada."
     Vamos ler esses caras que nos fecham os olhos,
     Ignoraremos Bukowski, Freud, Nietzsche, esses que nos abrem a mente.
     Vamos sorrir, pois sorrir é corte na conversa,
     Vamos sorrir, pois somos loucos.
     Há 500 anos atrás iríamos pra fogueira, 
     Seríamos queimados por pessoas que pensam exatamente como nós,
     Mas não têm coragem de admitir o que pensam,
     Então nos queimariam por covardia.
     Eles não são nossos amigos!
     Nos fazem densos, estranhos e interessantes, intrigantes.
     Somos Clarices (Clarice Lispector) e precisamos
     De muita atenção, cuidado e dedicação.
     Somos cotidianos, normais, mesmo com máscaras.
     Mas também somos americanos, somos loucos
     E mostramos ao mundo, sobretudo, nosso lado humano.

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