O amor efêmero é mesmo amor?
Cada amor com seu amante,
Cada autor com seu romance,
Nessa literatura ingênua
Criamos ilusões, causamos lágrimas.
Damos sentido a vida, ouvindo e dizendo
Que amar é bom, mas quem não ama está morto?
Será o amor um sentimento humano?
O amor só pode ser coisa divina,
Ironicamente duradouro e efêmero,
Apenas paixão, apaixonante!
Fingindo que nada acontece, se leva, o amor,
Tornando a paixão algo impossível, o amor.
E a felicidade que nos torna, retorna,
Quando se ama. Vamos aceitar nossa paixão
E assim, instantaneamente, sejamos felizes,
Sejamos breves, sejamos falhos, sejamos fracos!
Construiremos uma família normal
Com nossa hipocrisia humana
E tardiamente nos descobriremos
Pessoas cansadas de tudo, veremos que não somos só nós.
O amor exige ganância!
Com esse pensamento e sentimento fingiremos
Eternamente felizes, por momentos fingiremos melhor,
Por outros deixaremos claro esse fingimento,
Mas no fim será tudo superado com amor.
Fingir é um ato de sobrevivência, um ato de caridade,
De amor ao próximo.
Uma atitude lúcida é loucura, seria como tirar a roupa
E sentir frio e permanecer nu, é lúdico, nostálgico.
"Uma vida não basta ser vivida. Ela precisa ser sonhada."
Vamos ler esses caras que nos fecham os olhos,
Ignoraremos Bukowski, Freud, Nietzsche, esses que nos abrem a mente.
Vamos sorrir, pois sorrir é corte na conversa,
Vamos sorrir, pois somos loucos.
Há 500 anos atrás iríamos pra fogueira,
Seríamos queimados por pessoas que pensam exatamente como nós,
Mas não têm coragem de admitir o que pensam,
Então nos queimariam por covardia.
Eles não são nossos amigos!
Nos fazem densos, estranhos e interessantes, intrigantes.
Somos Clarices (Clarice Lispector) e precisamos
De muita atenção, cuidado e dedicação.
Somos cotidianos, normais, mesmo com máscaras.
Mas também somos americanos, somos loucos
E mostramos ao mundo, sobretudo, nosso lado humano.
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