Ajoelhou, agora reze!

Veio aqui buscar não sei o que, não há nada de interessante aqui, só veio perder seu tempo, desligue o computador e vá ler um livro.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Saúde, à idade da saudade, profunda.

     Essa saudade é você e é toda feita por você,
     Dos teus olhos, teu cheiro, teu cabelo,
     Estes que me permanecem como lembranças abstratas,
     Feitios e feitiços vagos, vãos.
     Anseios perigosamente acumulados.
     Esse teu jeito de menina me protege,
     Me amansa, nos seus braços, me aquieta.
     Ainda me esqueço da tua voz tecida em fino tecido,
     A que sussurrou palavras de amor sem sentido.
     Teu cheiro se perde de sua pele clara e me cobre
     Feito cobertor nessa noite fria que me esquece de aquecer.
     Seus carinhos ainda estão comigo
     E deixam-me insone, mas por ventura, ainda sonho.
     Sua falta vive, intensamente, em meu corpo.
     Na minha alma viva vive sua vida
     E simultâneamente morro em meu pensamento.
     E minha alma morta pensa em seu corpo cheio de vida,
     Agoniza, cheia de solidão, cai no esquecimento!

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