No caso, acaso ocaso casual, por ventura,
Ocasiona amargura. Finda uma aventura!
Escrevo para a Morte, pois a Vida é dura
E não dura. Tento, há tanto tempo
Ter mais tempo. Mais vazio que o Vento
Está vago e eu entro, aqui dentro me sento.
Neste antro eu não aguento. Há algum elemento
Que me sirva de alimento? Alguém que sabe amar
Para me saborear? Bobo! Saboreio aflito
O atônito glutão por pensamentos.
Saudade irracional invade quem covarde
Evade da metade. Assim vivo,
Falando escrevendo, correndo comendo,
Amando chorando - em segredo, com medo
Pois ainda é cedo! - E lentamente...
Morrendo vivendo!
Nenhum comentário:
Postar um comentário