No silêncio da noite enluarada,
Apenas nossos ruídos ecoa pelos cantos.
Conto-lhe meus segredos num árduo sentimento insano,
Revelo-te intimidades sutis em movimentos levianos.
No escuro, projeto imagens persuasivas que me fazem delirar.
Sonhos que me invadem, me inspiram a ser impulsivo,
Ornam-me de anseio, faz-me mais belo, faz-te mais bela.
Torno-me servo e rei das ocasiões inesperadas.
Reinvento uma sensualidade doce, pura e inocente
E me inebrio, com ela, faço versos ilusórios.
Inspiro-me e deixo-me apossar dessa ingenuidade recíproca,
Essa ingenuidade que projeta algemas invisíveis
E acalma minha'lma, já seduzida por esse jogo
Torturante e doentio, mas apenas deixo me levar.
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