Ajoelhou, agora reze!

Veio aqui buscar não sei o que, não há nada de interessante aqui, só veio perder seu tempo, desligue o computador e vá ler um livro.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Caminhante noturno.

     Eu caminhava,
     Minhas lembranças se encontraram,
     Perdendo falas, ouvindo vozes,
     Ouvindo coisas que ninguém falava.
     Um estranho perdido nessa estrada,
     Te encontrei e você me ofereceu a prisão.
     Meus dias agora são contados, entre você e eu.
     Eu caminhava e o tempo não parava,
     Eu caminhava e desejava que o tempo parasse,
     Eu caminhava e de algum modo me encontrava.
     Foi assim que gostei de você, mas o tempo é cruel e tudo passa.
     Eu caminhava e de certo modo não me conhecia
     E assim me encontro em você, com você.
     Só você e eu nessa estrada, eu sozinho
     Nessa estrada que parece não ter fim,
     Mas o tempo passa e a estrada não acaba.
     Os dias são tão curtos e a estrada é tão longa.
     Já nem sei mais dormir, pensando em mim,
     Já nem sei mais comer outra coisa senão você.
     O tempo passa, eu com você, eu sozinho!
     O tempo passava enquanto eu caminhava,
     O tempo parou quando eu te encontrei,
     Mas havia dia, havia noite, havia saudade,
     O tempo passava, havia você

     E juntos caminhamos.

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